Advogada da influenciadora Deolane Bezerra, a ex-BBB Adélia Soares é citada em relatório investigativo da Polícia Civil do Distrito Federal, ao qual o Correspondência teve acesso, devido à suposta participação num esquema criminoso chinês. A facção operava cassinos ilegais no Brasil, incluindo o famoso “Jogo do Tigrinho”.
A investigação começou com um golpe financeiro aplicado a um morador do Lago Norte, em Brasília. Durante a investigação, a polícia descobriu um esquema chinês envolvendo empresas que utilizavam CNPJs de empresas brasileiras para acessar o sistema financeiro do país sem autorização do Banco Central. Os valores arrecadados pelo sistema foram enviados para paraísos fiscais.
Segundo a Polícia Civil, os jogos ilegais promovidos pelo grupo utilizam algoritmos manipulados para que os jogadores “perdam mais”.
Adélia Soares apresentou-se aos investigadores como advogada da empresa OKPAYMENTS, banco que viabilizou a atuação de uma das empresas criminosas do país. Ela então negou conhecer os donos da empresa. Adélia também consta como administradora de outra empresa, chamada PlayFlow Processadora de Pagos Ltda, criada em 11 de julho.
À polícia, Adélia negou ser dona do PlayFlow e deixou de responder aos contatos dos agentes, mesmo sob intimação.
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Diálogo de Adélia Santos com investigadores
PCDF/Reprodução -
Diálogo de Adélia Santos com investigadores
PCDF/Reprodução
“As claras falsidades da advogada Adélia de Jesus Soares, o seu desaparecimento após interrogatório e o seu nome como administradora do PlayFlow demonstram inquestionavelmente que ela também foi cooptada para abrir empresas de fachada para o grupo criminoso chinês. Dessa forma, foi anexado um PDF inválido em inglês de supostos atos constitutivos de uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e criada a Playflow na JUC-SP como representante desta empresa internacional chamada PEACH BLOSSOM RIVER TECHNOLOGY LTD”, diz o relatório.
Além disso, o documento reafirma que Adélia Soares é advogada “e não pode alegar desconhecimento da lei e do procedimento para constituição de empresa estrangeira no Brasil”.
O Correspondência entrou em contato com Adélia Soares em busca de uma vaga. Em caso de resposta, o artigo será atualizado.
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