Durante anos, o sonho de muitas mulheres era alcançar seios grandes, objetivo facilmente alcançado através do aumento dos seios com implantes de silicone na região. Mas, atualmente, a naturalidade tem sido tendência em todos os procedimentos estéticos, inclusive naqueles focados na aparência dos seios. Assim, enquanto os pacientes de primeira viagem optam por implantes de silicone menores, aqueles que já tinham implantes maiores optam por trocá-los por tamanhos menores ou até mesmo removê-los.
Carolina Dieckmann, Giovanna Antonelli, Manu Gavassi e Rafa Brittes são exemplos de pessoas que já trocaram ou retiraram suas próteses de silicone. Porém, em muitos casos, a simples remoção da prótese ou a substituição por um implante menor não é suficiente. “Quando realizamos implante de silicone, o objetivo é aumentar o volume das mamas. Então, quando retiramos a prótese, procedimento conhecido como explante de mama, há uma redução desse volume e, portanto, além da prótese, a pele também deve ser tratada. Isso ocorre porque essa pele está adaptada a esse determinado volume. Então, quando esse volume é retirado e não há retração dessa pele, a região fica flácida. É como um balão que, ao esvaziar, não volta ao formato inicial”, afirma a cirurgiã plástica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Beatriz Lassance.
O médico explica que a abordagem do procedimento vai depender de cada caso, levando em consideração fatores como o tamanho da prótese original, a quantidade de glândula mamária e a escolha do paciente entre retirar a prótese ou trocá-la por uma de tamanho menor. “Se a paciente que deseja diminuir o tamanho das mamas tiver uma boa quantidade de glândula mamária, a prótese poderá ser retirada ou trocada por um tamanho menor, mas também será necessário retirar pele para deixar o formato bonito, portanto cicatrizes será inevitável, por exemplo, no formato de T invertido. Esse procedimento se chama mastopexia”, afirma.
Se a quantidade de glândula mamária for muito pequena, ou seja, se a mama era muito pequena antes da primeira cirurgia, é necessária uma prótese menor para dar forma e volume à mama. “É possível retirar a prótese se o paciente desejar, mas isso deve ser discutido cuidadosamente com o médico para alinhar as expectativas do paciente em relação ao resultado final. Vale lembrar que quanto maior a quantidade de pele a ser retirada para modelar a mama, mais significativas serão as cicatrizes resultantes”, ressalta a especialista, que afirma que outra possibilidade, além de implantar uma prótese menor, está enchendo o peito. mama com enxerto de gordura retirado da paciente através de lipoaspiração. “Mas o efeito não é tão previsível como com a prótese e podem ser necessárias mais cirurgias para obter o resultado desejado”, acrescenta.
Beatriz ressalta que retirar a prótese é simples, mas moldar a nova mama pode ser demorado, dependendo de cada caso. “Mas lembre-se que a cirurgia de retirada ou troca de prótese é um procedimento cirúrgico como qualquer outro, por isso os cuidados pré e pós-operatórios devem ser seguidos à risca”, recomenda o cirurgião plástico, que reforça que os cuidados com a cirurgia dependem de cada caso. “Quanto mais cirurgias forem necessárias para moldar a mama após a retirada ou troca da prótese, maiores serão os cuidados perioperatórios”, acrescenta.
O médico lembra que a insatisfação dos pacientes não é a única razão pela qual os pacientes podem optar pela troca das próteses de silicone. “As estatísticas mostram que, após cerca de dez anos, há um aumento nas chances de problemas com as próteses, como ruptura ou contratura capsular, que é o endurecimento de uma cápsula que o corpo forma ao redor das próteses, tornando-as duras e até doloroso. Pode não acontecer nada, mas por isso é recomendado trocar a prótese a cada dez a 15 anos”, afirma o médico. Porém, caso a paciente esteja satisfeita com o tamanho e formato das mamas e precise trocar a prótese devido a problemas como contratura capsular, a cirurgia pode ser realizada utilizando a mesma cicatriz da primeira intervenção. “No caso da contratura capsular, a cápsula pode ser retirada ou incisada, para torná-la mais maleável, e é colocada uma nova prótese do mesmo tamanho, sem a necessidade de retirar a pele”, explica Beatriz Lassance.
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