Rio de Janeiro – Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praia de Copacabana para o início da edição 2024 do Tim Music Rio neste sábado (25/5). Liderados por Marina Sena e Baco Exu do Blues, os fãs não se importaram com a chuva e lotaram a estrutura gratuita montada na praia carioca e cantaram os maiores sucessos dos artistas que dominaram a cena mainstream recente do país.
Este é o primeiro de dois finais de semana do evento que se autodenomina o maior festival gratuito do Brasil. Além das atrações deste sábado, Diogo Nogueira, Djavan, Glória Groove, Iza e Preta Gil sobem ao palco no próximo domingo e no final de semana de 1 e 2 de junho. Este é o segundo ano da iniciativa que estreou em 2023 com artistas do porte de Caetano Veloso e Matuê.
Os shows
A noite em Copacabana começou com música pop de Marina Sena. Em carreira solo há apenas 3 anos, a cantora teve uma das subidas mais impressionantes da música atualmente. Com milhões de reproduções em plataformas de streaming e fãs espalhados pelo Brasil, Marina saiu da pequena cidade de Taiobeiras, em Minas Gerais, e foi uma das responsáveis por lotar a praia de Copacabana na noite de sábado. Havia mais pessoas assistindo ao show do que os 33 mil habitantes da pequena cidade onde ela cresceu.
Esbanjando sensualidade em um show ensaiado nos mínimos detalhes, a cantora mineira se mostrou uma estrela pop. O show preencheu todos os requisitos da lista de uma banda pop: balé, coreografia, notas cantadas de forma alongada para mostrar habilidade vocal, momentos mais animados e calmos e, claro, sucessos. Com dois álbuns lançados nos últimos três anos, Marina lançou músicas marcantes desde 2021.
Nem a chuva nem problemas técnicos envolvendo o microfone impediram que a artista entregasse uma noite divertida ao público e mais uma vez se mostrasse uma gigante, mesmo em tão pouco tempo desde que decidiu usar o próprio nome para subir ao palco.
Quem acompanhou Marina Sena foi o rapper de Blues Baco Exu. Um dos nomes mais populares do hip-hop da atualidade, o baiano usou tudo o que pôde do seu próprio repertório e entregou um show que variou entre os moods que apresentou ao longo de sua carreira. Às vezes romântico, ele passou pelo sexy, chegou à raiva e terminou na catarse.
Baco é um daqueles novos artistas que não está preso a um gênero ou estilo musical e essa desenvoltura fez dele uma fábrica de sucesso no streaming. A maior parte das músicas foi cantada a plenos pulmões pelo público carioca, que também comprou a ideia de um show repleto de solos instrumentais e interlúdios, dando espaço para que cada um dos músicos da banda do rapper brilhasse.
Livre no palco, o cantor aproveitou para opinar sobre temas atuais fora do mundo musical. Baco xingou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, antes da música Inimigos, que arrancou gritos e aplausos de quem assistia. Conhecido por suas opiniões fortes, o cantor também orientou o público a “gritar” qualquer pessoa preconceituosa: “seja ela racista, machista ou homofóbica”. A intensidade da fala também foi percebida na entrega do músico que encerrou a apresentação cansado, mas feliz, tendo crises de risadas.
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