Com um total de 14 roteiros atendidos por vans gratuitas e 56 vagas abertas à visitação, o 4º Plano das Artes BSB começa com uma edição que convida o público a visitar ateliês e galerias de artistas na cidade nos próximos 10 dias. A proposta é uma excelente forma de passear pela cidade e, ao mesmo tempo, conhecer os nomes e locais de trabalho de quem produz arte na capital. “O Plano das Artes é uma forma de conhecer a cidade através das artes, e a cidade possui diversas regiões administrativas que possuem espaços que participam dos roteiros”, afirma Cinara Barbosa, idealizadora do projeto.
A última edição do Plano das Artes aconteceu em 2021 e reuniu 34 espaços. Este ano, a organização do evento lançou um edital para selecionar oito espaços escolhidos para receber uma bolsa para ajudar na montagem das exposições. Outros 10 foram selecionados para entrar nas rotas atendidas pelas vans. Os visitantes reúnem-se no ponto de encontro, no Museu Nacional da República, e daí tomam transporte gratuito até aos espaços acompanhados por um mediador para prestar informações.
Os ingressos estão disponíveis no Sympla e esgotaram no final da semana, mas a organização anunciou que disponibilizará mais alguns nos próximos dias. No total, estão incluídos 31 espaços nos percursos das vans que foram montados segundo critérios regionais e temáticos para criar fluxo de público. “Os convidados têm um critério relacionado com este campo das artes, portanto são galerias, entendendo que as galerias são grandes apoiantes do sistema das artes no sentido profissional, ou são espaços de ateliê que conjugam uma ordem de procura de produção artística envolvendo grandes exposições ou são de artistas que estão formando outros artistas”, explica Cinara.
Aqui entraram espaços como as galerias da cidade — Karla Osório, Reference, Cerrado, Index e outras — e ateliês de nomes como Christus Nóbregas, Camila Soato, Helena Lopes e o ateliê de direção da dupla Naine Terena e Gustavo Caboco Wapichana, que está temporariamente em Brasília após visita ao Pavilhão Brasileiro na 60ª Bienal de Veneza. O Centro Cultural TCU, na Asa Sul, é o único espaço institucional participante do projeto.
Rotas próprias
Os visitantes também podem criar os seus próprios percursos, embora em algumas oficinas seja necessário agendamento. Quem passar pelos locais receberá um mapa físico dos espaços. Este ano, outra novidade é um circuito de 11 espaços localizados no Setor Comercial Sul (SCS). “Nosso mapa impresso tem um encarte do SCS, onde já havia observado uma dinâmica. O SCS surge como essa ideia de espaços de artes visuais e economia criativa. Mapeamos cerca de 20 espaços, mas 11 espaços estão participando da edição entre ateliês, arquitetura, design e até espaços de tatuagem Daí essa ideia de economia criativa”, alerta Cinara. Os espaços SCS receberão o público nos dias 14 e 15.
Também faz parte do Plano das Artes o projeto Ateliê Canto, locais de trabalho de artistas que funcionam em suas próprias casas, integrados a espaços íntimos, e não podem ser visitados. Para estes, foram criados minidocumentários disponíveis no canal do projeto no YouTube. Nesta categoria foram incluídos os ateliês dos artistas Gê Orthof, Josiane Dias, Maria Porto e Pedro Gandra.
Os outros 38 espaços fazem parte do que os organizadores chamam de percurso espontâneo, com os ateliês oferecendo principalmente horários e dias específicos em que estão abertos ao público.
Cada galeria e espaço que faz parte dos percursos conta com a presença de atendentes, pessoas que farão a ponte entre o público e os artistas ou galeristas. A novidade desta edição é o curso criado para a formação de atendentes.”Queríamos dar esse foco ao curso para atendentes culturais, imaginando que serão pessoas que lidarão com questões de relações entre o espaço e o público e que irão operacionalizar relações que podem ser comerciais ou para organização de programação espacial”, explica Cinara.
Promoção e aproximação
A artista Valéria Pena-Costa vê o BSB Plano das Artes como um projeto indispensável no cenário cultural brasiliense. É uma oportunidade, segundo ela, de dar visibilidade e incentivar redes de apoio e colaboração artística. “É uma forma de ampliar um público apreciador de arte”, diz o artista, um dos idealizadores da Feira do Fuga, que foi criada na primeira edição do circuito, justamente com o intuito de incluir artistas que não estavam no circuito visitante. rotas. “Ele surgiu como um bazar de arte e vem crescendo e se fortalecendo a cada evento. Já estamos no 11º. Acredito no poder da força coletiva”, afirma Valéria.
Para Christus Nóbrega, cujo ateliê faz parte das rotas, o projeto também é importante para a profissionalização do setor. Participou de todas as edições e vê cada uma como uma oportunidade muito particular de apresentar suas próprias pesquisas artísticas, trocar experiências e colaborar com outros profissionais da área. “Receber pessoas no meu estúdio é um grande prazer, pois acabo tendo a possibilidade de interação direta com o público, num diálogo mais íntimo sobre o processo criativo e seus bastidores. conexões inspiradoras, além de promover maior valorização da arte local”, afirma Christus. A iniciativa, lembra, ajuda a valorizar e dinamizar espaços de arte autónomos cruciais para o desenvolvimento cultural da cidade.
Esta é a segunda edição do BSB Plano das Artes em que participa o artista Pedro Gandra. Na primeira, recebeu o projeto em seu próprio espaço de trabalho para gravar um depoimento para o Ateliê de Canto, que está disponível no canal do projeto no YouTube. Agora, participa como curador de uma das exposições em cartaz na galeria Curadores, que faz parte dos roteiros. “O projeto é uma iniciativa de grande importância, pois apresenta os espaços de arte como parte de um sistema que depende de vários agentes para se estabelecer. Incentiva a formação de público e aproxima esses agentes do público, o que é fundamental para todos em campo”, diz Gandra.
Para João Angelini, fundador do Pé Vermelho — Espaço Contemporâneo, além de trazer iniciativas que podem ser desconhecidas do público, o Plano das Artes aproxima artistas e outros agentes culturais. “Isso faz com que se estabeleça uma rede. Os gestores e as pessoas que promovem a iniciativa acabam se conhecendo, então é legal porque promove uma aproximação de diversas iniciativas diferentes entre ateliês, espaços expositivos, galerias, prestadores de serviços de arte e coletivos espaços de treinamento, acho que é uma das coisas mais legais que já foram feitas em Brasília nos últimos anos”, afirma. (NM)
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