A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, em seu site, que o apagão cibernético que derrubou sistemas de informática em todo o mundo na manhã desta sexta-feira (19/7) foi sentido especificamente por algumas distribuidoras de energia no Brasil.
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) informou à agência reguladora que a instabilidade global “impactou temporariamente os sistemas de atendimento ao consumidor de algumas empresas do segmento de distribuição”, mas o fornecimento de energia no Brasil não foi afetado. “As distribuidoras estão de prontidão e mobilizadas para reduzir possíveis impactos”, garantiu a Aneel.
Segundo a entidade reguladora, “não houve impacto nos seus sistemas informáticos, bases de dados e plataformas de atendimento, pelo que as atividades continuam a funcionar normalmente”. Da mesma forma, não houve registro de qualquer ocorrência relacionada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de que o Sistema Interligado Nacional (SIN) esteja operando normalmente.
A Aneel lembra que, desde 2021, está em vigor uma resolução normativa que dispõe sobre a adoção da política de segurança cibernética pelos agentes do setor elétrico. A norma determina que as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços ou instalações de energia elétrica e as entidades responsáveis pela operação do sistema, pela comercialização de energia elétrica e pela gestão dos recursos provenientes de encargos setoriais devem “desenvolver uma política de segurança cibernética para prevenir, mitigar e recuperar-se de incidentes cibernéticos em sua rede de informações críticas ou rede de instalação para que os incidentes não afetem sua operação.”
Na quinta-feira (18), a agência reguladora promoveu um debate virtual sobre o sistema de monitoramento de ocorrências graves, segurança cibernética e interrupções prolongadas (Oscip). “As ações acima demonstram que a Aneel aprimorou seus sistemas corporativos e exigiu das empresas as melhores práticas possíveis diante das vulnerabilidades em ataques cibernéticos”, finaliza em nota.
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