O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) instalou, nesta sexta-feira (17/5), um grupo de trabalho (GT) para mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE), com a adoção de medidas para a descarbonização do setor industrial. O lançamento ocorreu durante reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono (CTIBC).
Segundo dados apresentados pelo MDIC, a indústria é responsável pela emissão de 6% do total de GEE emitidos no Brasil. Desse valor, 85% são distribuídos pelos setores incluídos no GT. O principal objetivo do trabalho é debater e estabelecer metas de descarbonização da indústria, levando em consideração os compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e outras entidades do setor participarão da elaboração do plano . Além disso, o trabalho contará com a presença de representantes dos seis setores industriais que mais emitem GEE: cimento, celulose e papel, alumínio, siderurgia, químico e vidro.
A obra deverá ser concluída no primeiro semestre de 2025, com a apresentação do plano que, reforçado pelo ministério, deverá ser aplicável ao setor privado, conforme cronograma estabelecido pelo MDIC. Em outubro deste ano deverá ser aberta consulta pública sobre o plano elaborado pelo GT.
Energia eólica
Além do grupo de mitigação dos efeitos da descarbonização, foi lançado nesta sexta-feira um GT com o objetivo de promover o desenvolvimento industrial do setor de energia eólica no Brasil. A fonte já é a segunda maior do país em relação aos demais tipos de energia renovável, com 14,8% de toda a matriz elétrica limpa, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“O GT é um instrumento indispensável para entender o contexto atual do setor no Brasil e construir propostas para promover um novo ciclo de desenvolvimento neste segmento com menor pegada de carbono”, afirmou o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg.
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