O mercado de proteínas suplementares tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, com as importações de Whey registrando um aumento de 176% nos últimos quatro anos — de 2019 a 2023, segundo dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior. Para os especialistas, os dados revelam uma resposta à alta procura e aos preços mais baixos do mercado.
Em 2023, as importações de produtos registaram o menor crescimento em valor financeiro no período analisado, na ordem dos 4%. Porém, ao analisar as importações de Whey por peso, o crescimento foi de 63% no ano passado, o que se explica pela queda do preço do produto no mercado internacional.
No total, em 2023, foram importadas 12 mil toneladas num valor total de 96,2 milhões de dólares. Um ano antes, houve um aumento considerável nos preços. No período, que abrange o ano de 2022, foram importadas 7,6 mil toneladas a um custo total de 92,7 milhões de dólares.
Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, esclarece que o recente aumento significativo nas importações pode ser atribuído a uma combinação de fatores. “Em primeiro lugar, a forte procura interna destes produtos impulsionou a necessidade de recorrer a fornecedores internacionais para satisfazer as necessidades do mercado local. Além disso, os preços mais atrativos oferecidos por alguns destes fornecedores também desempenharam um papel crucial para tornar a importação uma opção mais viável em comparação com a produção interna ou com fornecedores tradicionais”, explica.
Outro factor que ajuda a explicar este aumento é a crescente preocupação da população com a saúde e o bem-estar em geral. A adoção de novos hábitos alimentares mais saudáveis, bem como uma rotina regular de exercício físico, tornou-se uma tendência e tem atraído cada vez mais adeptos. Com isso, a busca pela suplementação adequada para otimizar os resultados desejados tornou-se ainda mais necessária.
Os Estados Unidos lideram como principal origem das importações de Whey, representando 60,4% do total, seguidos pela Argentina com 26%, Alemanha com 6,8%, Dinamarca com 4,4% e Holanda com 2,3%. Esses cinco países respondem juntos por 99,8% das importações, demonstrando a concentração da cadeia produtiva deste produto.
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