Um dia após o término da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aprovou por unanimidade o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, para 12,25%, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) teve o pior diário desempenho em quase dois anos e fechou o pregão com queda de 2,74%, aos 126.039 pontos. O resultado foi quase suficiente para recompor os ganhos da semana, que agora acumula leve alta de 0,08%.
Das 86 ações que compõem a carteira da bolsa brasileira, apenas as ações da Hapvida fecharam o dia positivamente, com valorização de 1,12%. Foi praticamente um dia de queda generalizada, com as ações da Vale (VALE3) caindo 2,89% e da Petrobras (PETR4) caindo 1,79%, num dia marcado pela queda no preço internacional do petróleo.
As piores quedas desta quinta-feira (12/12) entre as ações listadas no Ibovespa vieram de varejistas e empresas do setor alimentício. Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) perdeu 11,02% do valor de suas ações, ao mesmo tempo que Petz (PETZ3) (-10,55%), Minerva Foods (BEEF3) (-9,62%), Magazine Luiza (MGLU3) (- 9,01%) e Atacadão (CRFB3) (-8,59%) também tiveram quedas significativas.
Dólar
Enquanto a bolsa caía, o dólar voltou a subir e encerrou o dia acima de R$ 6,00, cotado a R$ 6,009, após subir 0,6%. O movimento segue na mesma direção de outras moedas. O Índice DXY, que mede a força do dólar em relação a outras moedas, subiu 0,22% nesta quinta-feira. Houve aumento na curva de taxas de juros tanto no Brasil quanto nos EUA.
Na opinião do analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, uma combinação de fatores internos e externos que superaram o efeito positivo inicial da alta dos juros no Brasil explicam a alta do dólar. “Inicialmente, o aumento mais agressivo da Selic trouxe certo otimismo, principalmente porque sinalizou que novos aumentos poderiam ocorrer nas próximas reuniões, sob liderança de Galipolo”, avalia.
Para o analista Sidney Lima, essa postura agressiva também fortalece o real ao aumentar o diferencial de juros entre o Brasil e as economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, atraindo investidores interessados no transportar comércio. “Isso explica a queda do dólar nas primeiras horas do pregão, quando a moeda chegou a R$ 5,86”, comenta.
Pontos que explicam a alta do dólar
Segundo Lima, quatro pontos principais validam o movimento de valorização da moeda norte-americana em relação ao real nesta quinta-feira (12/12):
1) Saídas de capital estrangeiro: A queda do Ibovespa durante a sessão, desencadeada por temores de que taxas de juros mais altas prejudicassem o crescimento econômico e a rentabilidade das empresas, levou os investidores a retirarem capital da bolsa de valores brasileira, pressionando a moeda brasileira.
2) Dólar em alta no exterior: O fortalecimento global do dólar, reflectido no índice DXY, que mede a moeda norte-americana face a outras moedas, teve um impacto negativo nas moedas emergentes, como o real, o peso mexicano e o rand sul-africano.
3) Incertezas fiscais e políticas: As preocupações com o risco fiscal brasileiro ainda persistem, especialmente num contexto de altos prêmios de risco associados à trajetória fiscal do governo.
4) Leilões de linhas do Banco Central: Apesar da venda de US$ 4 bilhões pelo Banco Central em leilões online, a valorização do dólar mostrou que o mercado segue cauteloso, exigindo alto prêmio de risco para manter posições em real.
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