O Projeto de Lei (PL) 4.096 de 2024, de autoria da senadora Augusta Brito (PT-CE), foi aprovado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (12/12) e segue para sanção do presidente Luiz Inácio da Silva. Ao passar pelo Senado, a proposta que altera a Lei 14.165/21 foi aprovada por unanimidade.
Pelo texto, o Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) e o Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) serão extintos e seus recursos, da ordem de R$ 1 bilhão, serão repassados ao Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e ao Nordeste. Fundo de Desenvolvimento (FDNE), funciona no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das duas regiões.
O relator, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a aprovação da proposta. Ele destacou que os recursos do Finam e do Finor não serão utilizados, mas sim repassados, “para que o Ministério da Integração (e Desenvolvimento Regional) ao realizar o leilão, porque esses recursos são recursos privados, possa redirecionar esses recursos, por exemplo , para uma das obras mais importantes do país, que é a Transnordestina”.
A Ferrovia Transnordestina, que passa pelos trechos EF-232 e EF-116, foi projetada para ligar dois portos, um no Ceará e outro em Pernambuco, ao município do interior do Piauí, Eliseu Martins. A obra, com aproximadamente 1.751 quilômetros de extensão, ainda está em andamento e pertence a uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Transnordestina Logística.
Apesar de privada, a empresa recebe recursos públicos. E esse ponto foi questionado pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP), única parlamentar contrária ao PL. “Esse projeto, para mim, é uma incógnita”, questionou. “O que está acontecendo aqui é a liquidação de dois fundos, o Finam e o Finor, e o que vai acontecer com esse dinheiro?”, questionou, pedindo explicações ao relator do projeto.
Ventura disse que esta transferência de fundos aumentará a participação do governo em empresas privadas, ao mesmo tempo que “reduzirá o investimento em habitação acessível”. “É um governo que defende os pobres, mas está tirando dinheiro do programa Minha Casa Minha Vida para mandar para o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia e para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste”, disse o deputado.
Em resposta, José Guimarães argumentou que os fundos provêm de recursos privados, e que não têm destino, uma vez que os fundos não são utilizados porque “há anos que não há projeto”.
Indústria e pecuária mais competitivas
“Queremos que esses recursos sejam liberados do Tesouro para que, com projetos, possam ser utilizados no desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste. Não tem nada a ver com um programa do governo federal. É investimento privado. É o setor privado quem se beneficia dos recursos do FDNE e do FDA”, declarou o deputado. Para o autor do texto, “a proposta devolve esses recursos à sua missão original”.
A ligação entre Eliseu Martins, o terminal portuário do Pecém, na cidade de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, e o porto de Suape, em Pernambuco, visa impulsionar o escoamento da produção agrícola e mineral da região Nordeste, aumentando o competitividade da região, como defende o relator. “Esta obra, aliada à transposição do São Francisco, são as obras mais importantes do Nordeste brasileiro”, afirmou.
O porto de Suape, localizado na região metropolitana do Recife, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, é o maior porto do Nordeste e o quinto nacional. “É algo muito importante para a indústria desses estados, para a pecuária e para quem opera com fertilizantes porque a Transnordestina vai fazer esse transporte, a integração desses três portos”, argumentou Guimarães.
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