O ex-prefeito de Manaus, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e ex-prefeito da Amazônia amazonense Arthur Virgílio Neto prestou homenagem ao filho, o ex-deputado federal Arthur Virgílio Bisneto (PL), falecido na terça-feira (16) ( 28/5), vítima de um infarto fulminante, em casa, em um condomínio na capital amazonense.
“Perdi meu filho, companheiro de luta, confidente, tão apaixonado por mim quanto eu por ele. Estou em pedaços e faltando metade do meu coração, que encontrou um lugarzinho no caixão que enterrou meu pequeno Arthur. você insuportavelmente, ‘Turuca’. Só penso em você!”, escreveu Arthur Virgílio, em postagem às 12h31 desta quinta-feira (30/5), no X, também conhecido como Twitter.
Acordei muito cedo hoje e não pude ligar para meu filho, Arthur Virgílio Bisneto. Afinal, ele está morto.
Ele não pode marcar uma conversa comigo pela forte razão de estar morto.
Não posso mais falar com ele, porque, todo mundo sabe, ele faleceu.
Não podemos mais…—Arthur Virgílio (@Arthurvneto) 30 de maio de 2024
Segundo Arthur Virgílio, seu filho sofreu um mal súbito. “Infelizmente foi assim, um infarto fulminante. Estou muito triste, da minha parte é só dor. Mas, o que tenho hoje é assim, uma alegria minúscula por ter tanta gente homenageando meu filho”, disse. , após o sepultamento no cemitério São João Batista, no centro de Manaus, ocorrido na quarta-feira (29/5).
Nascido em Brasília, em 1º de outubro de 1979, Arthur Bisneto foi deputado federal entre 2015 e 2019 pelo PSDB, quando foi eleito o parlamentar mais votado do Amazonas, com 250,9 mil votos. Anteriormente, foi deputado estadual entre 2003 e 2014.
Em 12 de setembro de 2017, tirou licença do cargo para assumir o cargo de secretário-chefe da Casa Civil durante a gestão do pai na prefeitura de Manaus. Retomou o mandato de deputado em 20 de abril de 2018 e retornou ao cargo na Casa Civil no final de 2018.
Leia o post completo de Arthur Virgílio sobre seu filho
“Acordei muito cedo hoje e não pude ligar para meu filho, Arthur Virgílio Bisneto. Afinal, ele está morto.
Ele não pode marcar uma conversa comigo pela forte razão de estar morto.
Não posso mais falar com ele, porque, todo mundo sabe, ele faleceu.
Não podemos mais discutir política, porque ele não está mais entre nós.
Não podemos assistir aos jogos do Flamengo e da Seleção juntos, porque, no final das contas, ele viajou, nas mãos de um destino duro, para um lugar muito distante.
Não podemos nem discordar um do outro, coisa que acontece de vez em quando, porque ele não pode vir na minha casa e eu nem na dele, porque não consigo me aproximar do bisneto e ele não consigo nem chegar perto do Arthur, pai. !
Queria beijá-lo hoje, agora, muitas, mil vezes, mas não tenho a menor possibilidade de fazer isso. É bem explicável: meu filho morreu, seu corpo imponente está no subsolo, ao lado de sua avó, Isabel Victória, do senador Arthur Virgílio Filho, de sua avó Luíza e de seu avô, o juiz Arthur Virgílio.
Sua alma e seu espírito estão voando em direção ao mundo espiritual. Longe, muito longe, do beijo que queria te dar, do seu sorriso lindo, que queria acolher.
Queria fazê-lo nascer de novo, mas sei que isso é impossível!
Perdi meu filho, um parceiro de luta, um confidente, tão apaixonado por mim quanto eu por ele.
Estou em pedaços e faltando metade do meu coração, que encontrou um lugarzinho no caixão que enterrou meu pequeno Arthur.
Saudades insuportáveis, “Turuca”. Eu só penso em você!
Mal durmo… e assim que acordo, penso que a morte dele é uma mentira de péssimo gosto.
Logo depois, lembro que você morreu, faleceu, foi embora, seja qual for o nome que você queira dar a esse castigo que o destino aplicou à nossa família… e a mim!
Paz para sua alma, filho, porque a minha está em meio a um maremoto, a um tsunami, a um tumulto torturante. E você não pode me ajudar, como já fez tantas vezes.
Me sinto impotente para fazer você voltar da viagem, que dizem que será a última e voltar para sua mãe angustiada, para seus irmãos, para seus amigos… para mim.
Não se preocupe, pois sou um guerreiro, gravemente ferido, que mergulhará em suas águas mais profundas e emergirá, como você sempre gostou de me ver: com escudo e lança nas mãos.
Hoje, confesso, esqueço tudo, nada me interessa, um sorriso é muito raro. Hoje, sinceramente, não sou nada.
Nada mesmo!
Até breve, meu xará“
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