Apesar de elogiar o Congresso por aprovar o pacote de corte de gastos antes do recesso parlamentar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lembrou que, no final do ano passado, o Executivo enviou ao Legislativo uma proposta que permitiria ao governo encerrar suas contas neste ano em azul.
“Se tivéssemos conseguido aprovar integralmente a Medida Provisória 1.202 no ano passado, o Brasil teria superávit primário (poupança para pagar a dívida pública) mesmo com o auxílio ao Rio Grande do Sul”, disse Haddad, nesta sexta-feira (19/12). ), em referência à MP que, entre outras medidas, restabeleceu a folha salarial e encerrou o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
Somente essas duas medidas resultariam em um impacto fiscal de R$ 45 bilhões neste ano, sendo R$ 15 bilhões gastos com Perse, outros R$ 20 bilhões em desoneração fiscal para empresas e outros R$ 10 bilhões em desoneração fiscal para municípios. .
“Esses R$ 45 bilhões não entraram mais no Orçamento e a medida foi considerada correta pelos analistas econômicos”, lamentou.
O ministro lembrou que, desde 2023, muitas despesas correntes foram criadas pelo governo anterior, como o novo piso da enfermagem e o calote dos precatórios – dívidas judiciais da União –, que ajudaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a entregar um superávit a escola primária “inventada”, segundo ele, em 2022, mas que precisava ser paga este ano.
“O piso da enfermagem foi uma alteração contratada e justa em favor da categoria. Trabalhamos para honrar o compromisso do Congresso. Mas também estou citando algumas PECs (Proposta de Emenda à Constituição) como Kamikaze e Precatórios, e o confisco de recursos estatais para baratear a gasolina”, destacou.
Por isso, segundo Haddad, o governo vem tentando corrigir os parâmetros do novo marco fiscal, que não foram alterados. Além disso, o trabalho que está a ser feito procura a convergência entre receitas e despesas para constituir o excedente primário, “sem comprometer demasiado a atividade económica”.
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O ministro reforçou que é necessário que o governo e o Congresso façam uma revisão constante dos gastos, preferencialmente todos os anos. Ele também admitiu que esse discurso de equilibrar as contas e tornar a reforma tributária mais igualitária não agrada nem à direita nem à esquerda.
“Um lado não quer pagar impostos e o outro não quer cortar gastos. Teremos que buscar a sustentabilidade. E temos que estar atentos às contas públicas e não desviar a atenção disso”, destacou.
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