As mulheres devem desempenhar um papel mais importante na Igreja Católica, mas o diaconado continuará a ser-lhes negado e não se espera que nenhuma reforma a curto prazo mude esta situação, de acordo com as conclusões preliminares do Sínodo aberto pelo Papa Francisco em 2021 e que foram publicados nesta terça-feira (9).
O Sínodo é uma ampla consulta iniciada pelo jesuíta argentino sobre o futuro da Igreja e sua doutrina sobre uma série de temas, desde a participação de leigos em atividades paroquiais até a promoção das mulheres em funções litúrgicas, incluindo questões como pobreza e poligamia.
Desde a sua eleição em 2013, o Bispo de Roma propôs reformar o governo da Igreja, que procura ser menos piramidal e mais próximo dos fiéis.
Após dois anos de debates em paróquias de todo o mundo, uma primeira Assembleia Geral de bispos realizada em outubro de 2023 no Vaticano produziu um “documento síntese” enumerando uma série de temas que os católicos consideram centrais para o futuro da Igreja. Estes pontos voltarão a ser debatidos numa segunda sessão que decorrerá de 2 a 27 de outubro.
– “O machismo continua forte” –
O papel da mulher na Igreja, tema que esteve no centro dos debates, continua dividido.
“As contribuições recolhidas em todas as etapas mostraram a necessidade de dar um reconhecimento mais pleno aos carismas, à vocação e ao papel das mulheres em todos os âmbitos da vida da Igreja”, indica um texto publicado esta terça-feira pelo Vaticano, intitulado “Instrumento de Trabalho”, que servirá de base para a sessão de outubro.
Os bispos “reconhecem que existem numerosas áreas da vida eclesiástica abertas à participação das mulheres”, mas lamentam que “estas possibilidades de participação muitas vezes não sejam utilizadas”.
Sugeriram então que na próxima sessão do Sínodo “seja promovido o conhecimento destas possibilidades e encorajado o seu posterior desenvolvimento a nível paroquial, diocesano e outros níveis eclesiásticos, incluindo cargos de responsabilidade”.
O texto menciona a contribuição de uma Conferência Episcopal Latino-Americana, segundo a qual em algumas sociedades “a presença do machismo continua forte” e “é necessária uma participação mais ativa das mulheres em todas as esferas eclesiásticas”.
– “Maior acesso” –
Nas suas contribuições, fiéis e religiosos de todo o mundo pedem ao Sínodo um “maior acesso” das mulheres a cargos de responsabilidade nas dioceses, seminários, institutos e instituições eclesiásticas, bem como encorajam o uso de uma linguagem mais inclusiva.
No entanto, continua a não ser considerada a possibilidade de abertura do ofício de diaconato (ordem inferior ao sacerdócio) às mulheres, e menos ainda ao de sacerdote.
“Enquanto algumas Igrejas locais apelam à admissão de mulheres ao ministério diaconal, outras reiteram a sua oposição”, afirma o documento.
O tema do diaconado feminino, que está na ordem do dia há cerca de 10 anos, estava no programa da primeira sessão do Sínodo, mas foi adiado e não aparecerá na ordem do dia da Assembleia Geral de outubro.
“É bom que a reflexão teológica continue, com tempos e modalidades adequadas”, diz o documento.
Embora alguns sejam a favor num contexto de declínio vocacional, o Vaticano continua a demonstrar a sua firme oposição ao fim do celibato e à ordenação de mulheres ou homens casados.
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