O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu, em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (13/6), que apresentará na próxima semana um projeto de lei complementar para criar o programa de renegociação de dívidas dos estados com a União. O senador disse que quer se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para finalizar a proposta.
“Acredito que chegou a hora de decidirmos, a política é a arte de escolher e precisaremos escolher o formato de um programa de solução da dívida. Agora é a hora. No caso de Minas Gerais, existe até uma decisão judicial que exige a solução dessa questão em até 60 dias. Então, chegou realmente a hora de nos concretizarmos e espero fazê-lo com acordo e consenso com o governo federal”, enfatizou Pacheco.
Além de Lula, o presidente do Congresso deverá se reunir com os governadores dos estados endividados para preparar o texto final do projeto. Pacheco indicou ainda que as propostas para a resolução do problema já estão na mesa do governo, agora só faltam passar para o papel, mas disse esperar que o processo tenha a concordância do ministro das Finanças, Fernando Haddad.
“Já conversamos muitas vezes, encaminhamos diversas possibilidades como a redução do índice da dívida, que hoje é IPCA + 4%, limitado à Selic, bem como as contrapartidas dessa redução, a possibilidade de federalizar o capital social das empresas, a transferência de créditos, o encontro de contas a receber, uma série de formas de efetuar o pagamento efetivo da dívida sem sacrificar os servidores públicos e sem entregar bens do Estado. O que falta até agora é a materialização dessas ideias com o acordo entre o Ministério da Produção do governo federal e o Senado Federal, e é isso que buscaremos fazer”, disse Pacheco.
O presidente do Congresso é mineiro – estado que sofre um estrangulamento da capacidade do governo local devido ao crescimento desenfreado da dívida – e tem se empenhado pessoalmente na construção de uma solução para o problema. Como principal coordenador de um acordo, ele justificou o atraso na elaboração do texto pela imposição de urgência devido à calamidade no Rio Grande do Sul, que interrompeu o processo de conversação com o Ministério da Fazenda.
O senador disse ainda acreditar que é possível concluir a votação da matéria antes do dia 20 de julho, prazo final para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A data foi estipulada em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Caso Minas não adira ao novo Regime, terá que quitar sua dívida com a União, que está temporariamente suspensa.
Ele disse ainda entender que a dívida dos estados com a União é, hoje, o maior problema federativo do país, mas garante que vê boa vontade tanto da bancada legislativa quanto da executiva em encontrar uma solução para o impasse.
“Acho que vai haver muita boa vontade nas bancadas do Senado para poder dar essa solução para a maior federação que temos hoje, que é esse impasse entre os Estados e a União em relação às suas dívidas. Acredito que haverá muita boa vontade. Quando há boa vontade pode haver celeridade na avaliação”, afirmou Pacheco.
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