China tem queda na demanda de veículos, mas é compensada por aumento nas exportações

O China continua como líder global no incentivo veículos elétricos e oferece uma série de vantagens para promover a eletrificação da sua frota. Medidas como estacionamentos exclusivos para carros elétricos e preços reduzidos para estes modelos são algumas das iniciativas que visam aumentar a adoção de carros mais ecológicos.

Para promover transportes mais limpos com interesses económicos, a China tem vindo a expandir os seus incentivos para encorajar a troca de veículos antigos movidos a gasolina ou diesel por carros eléctricos.

Dados divulgados pelo site Autoblog revelam que as exportações de automóveis cresceram cerca de 20% em julho, com um total de 399 mil unidades exportadas, maioritariamente constituídas por carros elétricos e híbridos plug-in. Enquanto isso, o mercado interno sofreu queda de 5%, com 1,6 milhão de veículos vendidos.

Os principais beneficiários deste aumento nas exportações incluem a Rússia como principal mercado, recebendo 478 mil veículos, mas a maioria como carros a combustão, o México seguiu com 226 mil unidades e Brasil com 171 mil veículos exportados, sendo estes dois últimos os que apresentam maior procura por veículos eletrificados. E desta forma absorve uma parcela dos veículos produzidos na China.

O aumento das exportações ocorre num momento em que os fabricantes chineses enfrentam desafios devido ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Estas tarifas destinam-se a combater o que é considerado uma vantagem competitiva injusta gerada pelos subsídios do governo chinês.

A resposta do governo chinês à questão tarifária foi submeter as tarifas provisórias ao mecanismo de resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio, numa tentativa de resolver diplomaticamente a disputa internacional.

Apesar do fraco desempenho global das vendas de automóveis na China, o saldo ainda é positivo para os carros elétricos, já que se registou um aumento de quase 30% em julho face ao ano anterior nas vendas de automóveis EV. Foram vendidos 991 mil veículos elétricos, dos quais 887 mil foram vendidos no mercado interno e 103 mil exportados.

As vendas dos fabricantes de automóveis estrangeiros enfrentaram estagnação ou declínio, principalmente devido à intensa concorrência de preços num mercado saturado. As marcas que lideraram as exportações de veículos elétricos foram Chery, conhecida pelo Tiggo no Brasil, e BYD, que se destacou em carros elétricos e híbridos plug-in.